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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Influenciado, influenciador de quem é a vez?

By Gabriel Montagnoli

vem pra rua

Antes de confundir suas mentes, queria dedicar este texto à Karina Basilio, moça do Rio de Janeiro, que solicitou – via twitter xD – e consequentemente me inspirou para produzir esse texto, para usá-lo em seu TCC – que honra <3


Bem jovens, assunto delicado e complicado de certa forma. Antes de escrever este texto, pesquisei pela internet, discuti com alguns amigos de profissão e uns perdidos aí. Então, primeiro vocês precisam entender a diferença entre publicidade e propaganda, para isso, sugiro que leiam o texto – bem curtinho vai, nem vão demorar para ler – do Pedro Jamil.


Continuando… é função e objetivo de um publicitário influenciar e divulgar produtos para pessoas. Mas necessariamente não precisa ele ser o influenciador, ou no caso a publicidade em si. Uma coisa que aprendi na universidade é que nós publicitários não somos a vanguarda de estilos, jeitos, produtos ou afins, nós apenas identificamos os fatores que influenciam as pessoas, amarramos com um pouco de chiclete, barbante, fita adesiva e silver tape.


Ou seja, não há influencia da publicidade em si, digamos que ela é meio de você conhecer novas marcas, produtos ou serviços, que antes você desconhecia, e daí uma frase ou imagem legal – pois faz parte do seu estilo de ser, o que você gosta, ouve, fala – que te “influencia.” Se fosse assim a publicidade poderia influenciar que todos ajudassem a humanidade facilmente – bom se fosse.


Como falei, para atingir ela precisa estar embasada em outros pilares. Um exemplo é campanha da FIAT, o famoso #vemprarua, eles nem pretendiam influenciar as pessoas a saírem à rua, para lutar pelo seu país. Simplesmente pelo fato de a musica, campanha em si, faziam referencia ao que estava acontecendo, isso inclui ter o Falcão, um musico que é do povo, pelo povo. Falo isso com propriedade, pois semanas antes de ser lançada a campanha, tive a oportunidade de assistir em primeira mão em uma palestra e nada indicava relação com as manifestações.


Aaaah blasfêmia, mentira Gabriel! Calma jovem, calma. Tenho o que dizer a minha defesa! Adianta dizer/influenciar as pessoas comprarem casacos durante o verão de 40º? Não, pois não vão comprar! A não ser que tenha um 60% ali do lado, mas isso já entra em estratégia de marketing, que não cabe a nós. Outra coisa é, falam muito que a mídia influencia e tals, concordo em partes, MAS, a televisão só vai mostrar o que te desperta interesse! Se a grande massa não gosta de filhotes de cachorros dançando macarena, ela não vai passar isso.


Se formos ver, como Seth Godin, afirma em sua palestra para o TED , as pessoas procuram outras pessoas para liderarem elas, que compactuem em desejos, vontades iguais, mas que tem ímpeto para liderar. No mais, se formos mais longes marcas são como líderes e a forma de você ficar sabendo da sua voz, o que ela pensa e acredita é por meio da publicidade. Se fizer parte da sua realidade, você vai seguir, caso contrário vai ignorar até encontrar aquela marca que corresponde ao que você sente!


É por isso que temos pessoas que defendem Apple até o fim, ou Microsoft, Ps4 e Xbox ONE, pois aquilo não está apenas na vida das pessoas, mas faz parte da vida delas, representam o que elas acreditam e querem para si. E outra coisa importante que queria deixar à vocês, leiam o livro Humankind da Leo Burnett, mostra bem este cenário, principalmente por duas frases que me marcaram: “Agências de propaganda não criam marcas ícones, são as pessoas que criam.” “Atos, não anúncios.” Ou seja, você tem poder de escolha, você nunca foi influenciando, isso quando a marca apresenta valores que você compartilha e quer seguir, diferente quando ela diz algo, mas não pratica,  você pode notar, quando isso acontece, você se afasta, como se afasta de pessoas.


Você concorda? Já se sentiu enganado ou influenciado? Compartilhe conosco!


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From:: Midia Publicitaria



Influenciado, influenciador de quem é a vez?

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