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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O excesso de Photoshop

By Fernando Castello Branco

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É impossível negar o uso do Photoshop nas diversas campanhas publicitárias espalhadas por todo o país. Uma simples ferramenta, que nos torna capazes de criar e recriar cenários e pessoas, transformou-se na muleta de muitos profissionais tanto no nosso meio como em áreas adjacentes (como é o caso de inúmeras publicações periódicas como revistas e jornais). Nada mais natural do que um retoque aqui, outro ali. As vezes é o fundo que poderia ser diferente ou a iluminação que é realçada… Porém muito profissionais erram a mão e acabam exagerando, transformando as fotos do artista, modelo ou cantor em fotos de outras pessoas. E o pior, esse material é impresso e disponibilizado online. E no século da globalização, onde tudo está a um clique e a zoeira é sem limites, esse é o erro – e provável polêmica – com o qual definitivamente você e sua empresa não vão querer se ver envolvidos.


Hoje a cantora e atriz Preta Gil foi novamente vítima desse exagero do Photoshop. Indignada com a transformação que sofreu na capa de revista “Moda Moldes”, ela manifestou seu descontentamento nas redes sociais utilizando uma imagem na qual é possível ver a foto original e a editada.


“Em estado de choque! Não tem como não me indignar, pois fiz essas fotos para capa dessa revista e a mesma foi publicada sem minha aprovação e do fotógrafo. O Photoshop foi feito por conta própria. Aí esta o resultado !! A foto original esta linda, nem precisava de grandes ajustes. Pra que isso? Que vergonha!!! O trabalho de todos os profissionais envolvidos foi comprometido. Infelizmente essa que está na capa da Revista não sou eu!!”


A reclamação de Preta encontrou repercussão imediata entre os fãs e os demais usuários do Facebook e Instagram, que também criticaram duramente esse tipo de “trabalho”, principalmente por terem clareado de maneira desnecessária a pele dela, como é possível ver na imagem abaixo.


A publicação responsável lamentou as inúmeras críticas e acusações de racismo e justificou a manipulação.


“A imagem digital não é como a impressa. Todo mundo deveria ter pego também a revista de papel para ver. A capa ganha uma aplicação de verniz especial, que a faz brilhar um pouco mais – justificou Aline Ribeiro, a editora da revista Moda Moldes. – Em nenhum momento quisemos desvalorizar a imagem da Preta Gil. A admiramos muito como mulher e profissional. Fizemos uma bela matéria com um ensaio bacana, de oito páginas, pois rendeu muito. Normalmente, as nossas capas têm entre quatro e seis páginas. Estamos tristes pelas acusações de racismo que tivemos. Elas não partiram da Preta, mas de pessoas que comentam livremente na internet. Em 5 anos de mercado, esse tipo de coisa nunca tinha acontecido. Lamentamos a repercussão.”


Preta já havia passado por uma situação semelhante quando participou de uma campanha da C&A e teve suas fotos divulgadas na fan page da marca na qual era perceptível o uso descompensado do Photoshop. Na época, houve uma grande repercussão e as imagens tornaram-se memes que circularam por toda a rede.


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Na sua opinião, meu caro leitor, era realmente preciso exagerar no Photoshop como fizeram com a cantora? Até que ponto deve ser “medido” o uso da ferramenta? Abaixo seguem outros casos famosos semelhantes que repercutiram na rede para lhe ajudar a pensar um pouco melhor sobre o assunto.


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From:: Midia Publicitaria



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