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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Com licença, meu conteúdo te chateia?

By Jonatan Fortes


Estamos vivendo um momento de opções, cada vez mais livres e customizadas. Hoje a escolha passa muito além da cor e da forma. Tudo o que podemos fazer sobre customização – de produtos caros e baratos, serviços simples, rápidos ou lentos e complicados – tem grupos de interesse, nichos e até mesmo fãs.


O que estamos vendo na atualidade é a opinião sobre tudo e sobre todos. Das marcas às pessoas. Da presidenta ao juiz, da criança ao ancião, – o idoso está aqui também, mas no sentido de idade e consumo, somente – da qualidade elitista ao excentrismo exagerado e totalmente sem noção (por favor, defina noção…?).


Estou tentando dizer, com estas frases nem tão vagas, que tudo que está exposto na vitrine tem um público específico. Não necessariamente avaliado ou pré-definido. Sim, existem muitas empresas que não conhecem o seu cliente, nem mesmo sabem o que ele gosta de possuir na geladeira, na despensa e no armário da sala.


Seth Godin, há bem mais de uma década atrás, desenvolveu o que batizou de Permission Marketing™, ou Marketing de Permissão, que tão somente é avaliar, juntamente com o cliente (não adianta muitos sistemas de CRM ou métricas complicadas, hoje em dia nem mesmo os algoritmos são capazes de saber o que existe dentro daquela caixa de surpresas que está logo acima do pescoço de uma pessoa comum) que tipo de conteúdo ele gostaria de consumir.


Estamos falando de conteúdo, não de produtos. Não estamos falando aqui de consumir produtos ou serviços, mas de informação importante, relevante para ele, que ele tem interesse em saber, que o irá tornar mais inteligente, feliz e de bem com a vida. Sim, é isso mesmo!


Há dezesseis anos Godin lançava uma ideia no mundo dos negócios que iria fazer muita gente se preocupar com o que estava falando. E, principalmente, se preocupar com o que o seu cliente estava querendo saber. Se a sua marca não tem nada de interessante para falar, não incomode. Não interessa se você precisa vender mais.


Se as suas ofertas estão mais atraentes do que a concorrência, se o seu suéter é mais macio e mais quente, eu estou com calor e moro na praia. Não quero o seu suéter macio, quero apenas saber como andam as notícias sobre a última entrevista do guru da tecnologia. Eu posso me interessar por répteis, ou por vida saudável.


Descubra, pergunte, permita-se sair do condenável estado de conforto. Foi exatamente assim que esses últimos textos que você acompanhou aqui ficaram entre os mais lidos da semana, e do mês – e quem sabe do ano inteiro! (Eu levei um sacode e pulei do confortável sofá de couro que me mantinha sentado, às vezes deitado.)


Ser interessante não é fácil, qualquer marca que queira trabalhar com conteúdo percebe diariamente que informar é algo inconsistente e sem regra. Algo como estar com febre. Estar febril é sentir-se com frio e estar suando de calor. O corpo diz uma coisa e a mente diz outra. Nada mais contraditório do que a febre. E é melhor obedecer aos desejos dela, é uma das melhores indicações de problemas à vista.


Ter uma relação saudável e duradoura com o cliente não é fácil. Ter uma relação saudável e duradoura com os seus possíveis clientes exige conteúdo interessante e pertinente. Todos estão famintos por notícias que os façam sorrir, mesmo que seja por acharem que são inteligentes ao poder compreender o conteúdo.


Mesmo que ninguém compre um único pacote de bolachas, produza conteúdo interessante, que quando este leitor (consumidor da marca) tiver fome ele vai procurar o seu produto, não o do cara que envia duzentos e-mails IRRELEVANTES por semana, ou o que posta cinquenta promoções por mês na sua timeline.


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