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quinta-feira, 2 de abril de 2015

E quando o discurso sai pela culatra? PARTE III

By Arthur Barbosa


Como devo me posicionar em palco ou plataforma? Quais gestos usar? Será que minha voz está adequada? Estas, e tantas outras perguntas sobre o nosso comportamento e comunicação, surgem como um turbilhão enquanto estamos preparando o discurso. Mas não devem ser as primeiras a serem respondidas. Por isso, as deixei para a última parte. Vamos conversar por aqui sobre alguns conceitos de autoanalise corporal e habilidades comportamentais para que suas palavras sejam não só compreendidas, como bem aceitas. O domínio corporal facilita a transmissão da mensagem para a plateia e propicia interação positiva. As expressões faciais mostrarão sua personalidade, estado emocional e poderão abrir caminhos comunicativos.


Segundo Knapp & Hall (1999), quando pensamos em comunicação não-verbal, precisamos entender que tal conceito refere-se há uma definição com uma perspectiva inicial, porem há a necessidade de compreensão não só sobre comunicação, mas comportamento. As pesquisas mostram que o impacto total de uma mensagem dá-se 7% pelas palavras, 38% por variações vocais e de fala e 55% da linguagem corporal. Por isso a importância na atenção de sua postura, descrevendo melhor a temática e favorecendo o entendimento. Pode parecer que você precise adotar uma expressão chata ou cansativa para quem está observando e ouvindo, mas a proposta é o contrário: ser natural e harmonioso. Em sua autoanálise, identifique alguns pontos, que a princípio podem parecer simplórios, mas podem gerar um desconforto. Questões como o seu físico e a valorização dele, o que não gosta e os aspectos e perfis que consideram melhor… A aparência física é parte dos estímulos não-verbais totais que influenciam as reações interpessoais. Por isso, de acordo com o evento, público-alvo, horário, temperatura e duração, escolha o traje que melhor possa transmitir credibilidade ao seu discurso. Termos uma visão positiva de nossa imagem propicia segurança, e isto, é uma das chaves para que seu discurso não saia pela culatra.


Atente para a proxêmica – a distância social entre você e o público. A percepção do espaço social e pessoal. Mesmo em um ambiente grande, com a plateia a certa distância, procure modos que facilitem a interação. Não se exclua ou mostre-se “superior”. Use o gestual com o propósito de complementar sua fala – ele regula o fluxo e inclusive, ajuda na memorização do conteúdo. Serve também como uma “pausa” em sua voz – tática muito usada por grandes oradores.


Paixão gera paixão. Vitalidade gera vitalidade. Apatia gera apatia. Entusiasmo gera entusiasmo. Cuidado com os gestos contraditórios! Sabe aquelas expressões espalhafatosas? Se a imobilidade exagerada pode adormecer o auditório, o espalhafatoso, se não provoca o ridículo, pode produzir o cansaço do auditório e dar a impressão de que você é uma pessoa sem controle. Assim como esta, tente não se repetitivo, e após isso, não tenha uma atitude de inferioridade, aquela em que você constantemente está pedindo desculpas por existir. Palavras negativas nunca contribuirão para bons resultados. Então, nada de ombros caídos, olhar baixo e costas curvadas! Lembre-se que os olhos estão atentos a todos os movimentos que fizer. Sorria naturalmente. O comportamento ocular é extremamente importante, então, faça o contato visual, olhe para toda a plateia, não somente um ponto especifico. Tenha tempo para admirar seu público.


O impacto vocal e produção da sua voz está inteiramente relacionado ao seu organismo. Não preciso dizer a eficiência deste ponto, não é verdade? Mas, para concluir este artigo, sugiro alguns pontos: procure reduzir a intensidade de sua fala, não há necessidade de falar forte. Fale em frequências mais graves, evite os tons agudos, finos – mas não precisa sussurrar. Não fale com os dentes travados! Articule bastante, como se estivesse mastigando cada letra. Limite o uso da voz enquanto se movimenta muito, para evitar a fadiga. Durma bem, muito de sua voz está relacionada ao bom período de sono. Como Hungria (2000) disse, a voz humana é a expressão de nossa personalidade. Há uma infinidade de exercícios vocais próprios para a sua voz, e te encorajo procurar profissionais da área para te auxiliar em alguns deles.


Nos três artigos, pude expor em síntese, a oratória e seus conceitos; as estruturas principais na elaboração do seu discurso e alguns tópicos de comportamento. Se houver alguma dúvida, não hesite em nos perguntar. Te encorajo à pesquisa. Espero que seu tiro seja o mais certeiro possível!


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