By David Dias
O Brasil possui eleições a cada dois anos, sendo uma municipal e a outra nacional/estadual. Nessas épocas, inúmeros candidatos surgem e o papel da campanha política é elegê-lo. Para trabalhar com política, o profissional deve conhecer a legislação eleitoral nacional e a legislação vigente na região que ocorrerá a eleição.
Uma campanha começa 90 dias contados a partir do primeiro domingo, antes do primeiro turno. Nesse período, ocorre o marketing eleitoral, destinado apenas à adesão de votos e vitória, afinal, numa campanha o principal objetivo é conseguir 50 + 1% dos votos válidos para que o candidato vença. Mas, como concluir esse objetivo? Hoje, trago algumas informações a e dicas de bons livros que possam servir como ajuda.
O início da campanha é pautado em conseguir informações – sendo essas o briefing do candidato, neste, serão coletados informações sobre o candidato, sua ideologia, história política e familiar, currículo profissional, partido, história do partido, projetos que gostaria de implementar etc – A partir dessa coleta, a agência responsável deve começar a criar o planejamento de campanha.
O planejamento de campanha possui diversas informações parecidas com o briefing. Dessa vez visa o conhecimento técnico do profissional para formular a campanha, estabelecendo e traçando metas e estratégias de toda a campanha, como o posicionamento (imagem do candidato), seu público alvo, objetivos de comunicação e marketing, estratégias de comunicação, marketing e mídias. A campanha deve ser totalmente pensada e com um objetivo final.
Nas campanhas políticas, o candidato e o partido não gastam com veiculações em mídias radiofônicas e televisivas, devido à lei da propaganda eleitoral gratuita. Todos os outros meios de divulgação precisam ser pagos pelo partido. Todas essas mídias devem ser pensadas estratégicamentes para atingir os nichos de eleitores do candidato e pessoas pré-dispostas a ele. Para o conhecimento disso, a equipe deve elaborar pesquisas quantitativas e qualitativas (do gênero Focus Group) para coletar o máximo de informações a respeito do cenário eleitoral, o candidato, sua imagem, anseios da população e tudo que for de respeito ao local que ocorrerá a campanha para que seja dito exatamente o que o eleitoral quer ouvir. Com isso, o candidato consegue centralizar suas propostas em regiões pré-estabelecidas.
Por fim, a equipe deve elaborar todos os materiais de campanha, vídeo, jingle, rádio, peças gráficas etc. Isso é pautado no briefing de criação, o qual contém orientações, o conceito USP (que é a unica proposição de venda), slogan, slogan de coligação e outros. Com a campanha já no ar, o eleitor pode criar ou recriar a imagem do candidato.
Uma campanha politica possui mais tópicos que esse texto. Aqui, deixo apenas um referencial para que saibam como funciona o processo de criação dessas campanhas. No Brasil há inúmeras referências de propaganda política, dê uma conferida num desses autores.
Adolpho C. F. Queiroz – Voto, mídia e pesquisa: propaganda política no Brasil.
Thomas Skidmore. Brasil: de Castelo a Tancredo. 6ª edição.
Thomas Skidmore. Brasil: de Castelo a Tancredo. 12ª edição.
Ney Lima Figueiredo. Jogando para ganhar. São Paulo: Geração Editorial, 1994.
O que é Marketing Político. De Rubens Figueiredo
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