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terça-feira, 30 de junho de 2015

Publicitário com sandália da humildade vai mais longe

By Paula Horwatitsch

Uma historinha verídica:

Há 6 anos atrás, uma semana antes da inscrição pro vestibular, eu escolhia a publicidade.

De sopetão, dei um pé na bunda do jornalismo pra casar com ela.  E assim fiz porque não saberia fazer de outro jeito: para as grandes decisões, eu só sei operar com o coração. Até hoje, quando me perguntam sobre a minha trajetória, eu sempre respondo: eu precisei errar muito para chegar a algum lugar.
A começar por escolher a publicidade, claro. Convenhamos, ninguém em sã consciência escolhe uma área de trabalho como essa. Eu tenho certeza,  a maior peneira da propaganda é a insensatez. Ainda bem. – Afinal, ainda precisamos dos advogados, engenheiros e economistas razoáveis.

Então lá estava eu, aos 19 anos, trancando meu quarto semestre de curso no sul e fazendo as malas para morar sozinha em São Paulo. Se tem uma lição que resume meus 4 anos de faculdade de criação e entrada no mercado é isso: Ego demais mata o seu talento. As maiores oportunidades para mim sempre surgiram de onde ninguém esperava. Os projetos mais legais, sempre viravam de onde ninguém enxergava potencial. As pessoas mais interessantes do meio são aquelas que mantém suas portas sempre abertas, não importa a posição que ocupem.

Eu sei como é. Como publicitário, a sensação é de que há sempre uma expectativa em cima de você. Essa obrigação velada de ser uma pessoa incrível. E o pior é que a gente, inevitavelmente, tende a comprar a ideia. A gente quer ser um amigo incrível, um vizinho incrível, um namorado incrível. A gente quer que a piada nunca falte, que a setlist do carro sincronize com os faróis verdes acesos no caminho. Parece que às vezes, tudo que a gente quer, é que o mundo também saiba amar nossos silêncios.

É claro que a responsa não é só nossa. Sim, fomos mal acostumados. A toda hora, nos chamam de criativos. Bem, aqui vai a real: caberá a você lembrar ao mundo que todos nós nascemos criativos. A escolha da área não é o que legitima a nossa criatividade, mas nossa paixão por ela. É preciso estar apaixonado e não deixar o tesão desse casamento acabar por nada.
É preciso não ter medo de levantar da sua cadeira e ir até a sala do seu chefe dizer: Essa é a minha ideia. É disso que estou falando. É preciso não ter medo de fracassar, de ouvir nãos, de ter suas ideias expostas, discutidas, abortadas, amputadas, travestidas.

Ego.  – São as 3 letrinhas que te separam da entrega total daquilo que se faz com o coração.

Ego não tem nada a ver com paixão. E publicitários são, essencialmente, apaixonados. Ou, ao menos, deveriam ser. Gente que entrega ao mundo seus pensamentos e ideias com ousadia. Gente que dá a cara a tapa. Gente que vira noite pensando na frase perfeita, na imagem perfeita, na trilha perfeita. Tudo para que do outro lado, exista o riso. A emoção. A surpresa. Tudo para que, de alguma forma, a nossa paixão sobreviva.

Quanto mais conheço biografias de publicitários admirados, menos encontro um caminho das pedras. Porque simples assim, não existe um caminho. Você vai ter que criar o seu.
Agora, uma coisa é certa: aonde quer que você queira chegar, você chega melhor quando alimenta seu entusiasmo e deixa o ego passar fome.
Eu te desejo coragem imensa.

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From:: Midia Publicitaria

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