Estive ausente do Vitamina por um período. Eu havia mudado meus planos profissionais porque uma oportunidade, há muito tempo esperada, surgiu. No entanto, as coisas não saíram conforme planejei e cá estou eu novamente. Se você já teve algum plano frustrado e se sentiu (bem) perdido, bem-vindo ao meu mundo!
Lidar com frustrações profissionais não é fácil. E essa tarefa se torna ainda mais complicada porque o ser humano, por sua essência, não sabe lidar com a perda, a tristeza e o desapontamento (entre outros sentimentos ruins).
Mas, conforme você já deve ter presenciado em sua vida (e como eu constantemente vivo na minha), o mundo não para para que possamos viver nossa dor, nos recuperarmos dela e nos colocarmos novamente no mercado.
O mundo (os clientes, o trabalho) sempre quer muito mais de nós.
Planos frustrados e respostas negativas são apenas alguns exemplos do que pode nos fazer desanimar de um propósito. E não estou falando somente daquele emprego que você queria tanto; isso serve também para aquele job que você jurou, de pés juntos, que seria aprovado de primeira (doce ilusão).
Entre os publicitários não há meio termo. Ou é oito. Ou oitenta. Não sabemos ver o lado bom daquela alteração solicitada pelo cliente. Num só pedido – mesmo que ele seja só para aumentar a logo – vemos e sentimos nosso mundo desmoronar.
A verdade é que construímos uma “realidade” que não podemos manter. É preciso lidar com as frustrações (quase que) da mesma maneira que lidamos com os acertos e as conquistas. Precisamos saber crescer com o erro e, acima disso, aceitar e respeitar (sem lacrimejar ou soltar incontáveis palavrões) a opinião alheia.
Entender que o outro tem direito de se expressar – e que essa expressão pode ser contrária ao que você esperava – não é decepção, é maturidade. Admitir que a solução proposta pelo outro é melhor não significa que a sua esteja errada. São pequenas, eu até diria minúsculas, ações que não praticamos.
A lição pra hoje, principalmente pra mim, é que as expectativas dos outros são, única e puramente, dos outros. Temos direito a errar assim como precisamos saber lidar com o erro.
Lembre-se: você não deixa de ser competente por ter errado, mas deixa de ser melhor se não admitir o erro.
Foto do rapaz via Shutterstock.
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